quarta-feira, 10 de setembro de 2014

TRAVESSIA SALVADOR/RECIFE A BORDO DO TRANQUILIDADE - O COMEÇO



Participei recentemente de uma travessia de Salvador a Recife a bordo do catamarã Tranquilidade entre os dias 01 a 06 de setembro/2014. Foi uma navegada pra lá de confortável  e de alto astral, pois a tripulação esteve de bom humor durante toda a viagem. Vou dividir o texto em tópicos para abordar vários aspectos envolvidos numa navegação desse tipo.

Salvador
Salvador foi o ponto de encontro, especificamente na Marina Angra dos Veleiros, um local muito acolhedor na ribeira, com poucos barcos e um visual muito bonito. O veleiro Tranquilidade foi para a regata Aratu-Maragogipe, e de lá voltou para reunir a tripulação que faria a travessia Salvador/Recife.
Salvador é uma beleza com todos os seus contrastes. Até chegar na Ribeira passamos por bairros ricos e pobres da cidade. Mas, essa cidade tem um astral diferente. Sempre que chego em Salvador me sinto em casa, e é que sou cearense, devo ter um pouco de baianice na veia. O amigo Nelson do Avoante nos levou para dar uma volta no Comércio, na igreja do Bonfim, e na segunda-feira almoçamos um cozido na Ribeira, na praia da piriguete, que é o melhor da Bahia, assim como o sorvete da Sorveteria da Ribeira.

Compras para a viagem
O planejamento sobre o que levar em relação à alimentação se deu de uma forma bem democrática. Cada um deu seu palpite do que queria comer ou beber, e lá fomos nós com uma lista que encheu 04 carrinhos de compras para garantir a sobrevivência dos 07 tripulantes. Frutas, legumes, massas, carnes, peixes, cerveja, sucos, refrigerantes, biscoitos, pães, massa de tapioca, cuscuz  (o carro chefe), presunto, queijo, leite, etc. Não faltou nada, na verdade, sobrou. O Nelson nos levou até o mercado, mas as compras não iriam caber no seu carro, aí chamamos um outro que foi arriado de tanto peso até a Marina.

O veleiro Tranquilidade
Não poderia haver nome melhor para esse barco que navega tranquilo, mesmo em ventos mais exaltados.  Trata-se de um BV 43 espaçoso, bem equipado, com boa autonomia de combustível, água doce, eletricidade. Tem geladeira, freezer, tv, até ar condicionado, mas não usamos, afinal somos marinheiros rudes.

Comandante
Flávio Alcides, Grande comandante, quem vê pensa que é um bruto, mas é um cara grandalhão de coração mole, mais do que comandante, um pai dos seus marujos velhos e novos. Um fera na cozinha (vou falar mais na seção gastronomia). Manteve o astral da tripulação pra cima o tempo todo, principalmente quando nos chamava para saborear seu café da manhã CINCO estrelas.  Fizemos boas cantorias,  com meu violão e um tam-tam que ele me designou para comprar em Salvador. E sua frase dita durante as fainas a bordo para içar e arriar velas: "Olha pra mim, porra!"....kkkk

Tripulação
Foi uma tripulação bem diversificada. Myltson (ponpom), eu já conhecia de vista de Natal, velho marujo. O amigo Wilson Chinali, lá de João Pessoa, apaixonado por navegação. Fernando, que não conhecia ainda, lá de Natal. Maurício, que conhecia por email, colega de trabalho, só que de Recife. Artur, amigo aqui de Brasília, também colega de trabalho. E, eu, que vos escreve há tempo nesse blog, munido com meu sextante e tábuas de navegação para praticar a navegação astronômica, que é minha cachaça.

Continua....







 

2 comentários:

  1. Essa história promete!! Ói, óia pra mim PPPPP!!! abç
    wilson

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    1. Já tô terminando a 2ª parte meu amigo Wilson.
      Grande abraço, capitão!

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