domingo, 22 de setembro de 2013

NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA - parte 1

        Sempre converso com alguns amigos sobre Navegação Astronômica, que é o assunto de minha preferência no que se refere à ciência da navegação. Como já havia comentado em outros textos, considero a obra " Navegação: A Ciência e a Arte " do cmte Miguens, disponibilizada no site da Marinha, como a grande fonte de estudos sobre Navegação Astronômica editada em português. Para colaborar com os amigos interessados no assunto me proponho a escrever textos comentando os capítulos dessa grande obra. Com certeza não tenho a menor intenção de fazer nenhuma análise esmiuçada da obra, pois me considero um eterno aprendiz do Cmte Miguens. Então para iniciar gostaria de comentar sobre o cap. 18 (https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap18.pdf). Este capítulo trata dos conceitos fundamentais para que possamos compreender onde queremos chegar com o uso do sextante, as tábuas de navegação, o cronômetro e o Almanaque náutico.
         Inicialmente devemos saber que quando observamos um astro com o sextante a fim de calcular sua altura, temos que antes de tudo estimar nossa posição, ou seja, calcular nossas coordenadas de forma aproximada levando em conta o rumo e distância navegada a partir de nossa última localização conhecida. Resumindo, não praticamos a navegação astronômica sem termos a menor noção de onde possamos estar naquele momento. Quando observamos um astro num determinado instante, iremos relacionar o Sistema de Coordenadas Geográficas (latitude e longitude) com as Coordenadas Horárias e Coordenadas Horizontais que fazem parte dos Sistemas de Coordenadas Astronômicas descritos nesse capítulo. Ao observarmos o Sol no período da manhã ou da tarde, exceto na sua passagem meridiana (assunto que será tratado em outro capítulo), teremos estabelecido um Triângulo de Posição, onde sua resolução nos dará como resultado uma linha de posição, que nada mais é do que uma reta compreendida pelos pontos possíveis de nossa verdadeira localização. Daí se conclui que precisamos observar mais de um astro para conseguirmos calcular naquele mesmo instante nossa posição pelo cruzamento das linhas de posição referentes a cada astro observado. No caso de termos apenas o Sol visível durante o dia, teremos que obter uma linha de posição num determinado instante e depois de algumas horas transportaremos essa mesma linha para o instante em que obtivermos uma nova linha de posição, assim como é feito na prática da navegação costeira na situação em temos apenas um ponto de referência para obtenção de linhas de posição.
         Com isso quis apenas enfatizar a importância de se estudar os conceitos descritos no cap. 18, que estarão presentes em todo o estudo da navegação astronômica.
      Criei agora há pouco um grupo no facebook para discutirmos os assuntos sobre navegação astronômica. Gostaria de convidar a todos os amigos e leitores deste blog para participarem do grupo  navegação pelos astros.

Abraço a todos!

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